Depois de 30 anos de planejamento e 10 
anos de construção, entrou em operação ontem no topo do deserto do Atacama a 
maior antena já construída para o estudo do Universo. Composto de 66 antenas 
parabólicas individuais, o arranjo equivale a nada menos que um gigantesco 
radiotelescópio de 66 quilômetros de diâmetro. 
Com um custo estimado em 1.3 bilhões de dólares, o projeto ALMA é uma 
parceria internacional entre os EUA, União Europeia, Chile e países do leste 
asiático e deverá ser uma das principais ferramentas a serem usadas pelos 
cientistas no estudo da formação de planetas, estrelas e galáxias distantes. 
Diferente dos telescópios ópticos terrestres convencionais ou espaciais como 
o Hubble, o ALMA não "olha" o céu no espectro da luz visível, mas em 
comprimentos de ondas mais longos compreendidos entre 0.3 e 9.6 milímetros. Essa 
região do espectro eletromagnético se localiza entre o infravermelho e as ondas 
de rádio e é também chamada de espectro milimétrico e sub-milimétrico, daí o 
nome ALMA, que significa "Grande Arranjo Milimétrico e Sub-milimétrico do 
Atacama" (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) 
 
A grande vantagem do radiotelescópio ALMA é poder estudar fenômenos cósmicos que 
são invisíveis nos comprimentos de onda da luz óptica, pois estão envoltos por 
nuvens de gás e poeira que bloqueiam a propagação luminosa, mas não as ondas 
eletromagnéticas detectáveis pelo ALMA. 
Arranjo
No momento da inauguração, ALMA já contava com 57 antenas 
prontas para uso. As outras nove serão conectadas ainda este ano.
Cada par de antenas constitui o bloco básico do sistema imageador, que 
permitirá ao arranjo gerar imagens de alta resolução próximas ou superiores a 
dos telescópios óticos. 
 
Cada antena é separada por muitos quilômetros uma das outras e conectadas 
eletronicamente entre si formando diversos pares, cada um deles contribuindo com 
informações únicas. Em seguida, os sinais serão novamente combinados e formarão 
uma única imagem altamente detalhada do objeto em estudo. 
Para combinar os dados coletados por cada sistema imageador, será utilizado 
um supercomputador de última geração capaz de realizar aproximadamente17 
quatrilhões de cálculos por segundo. 
Isso permitirá ao ALMA ver objetos celestes com nitidez muitas vezes superior 
aos melhores telescópios espaciais, além de complementar as observações que 
atualmente são feitas com interferômetros óticos, como o VLTI, também instalado 
no Chile. 
Uso do ALMA
EUA, Europa e Ásia construíram pelo menos 22 antenas do projeto e financiaram a maior parte dos recursos para a construção das restantes. Pelo acordo, cientistas desses países ficarão com a maior parte do tempo destinado às observações, enquanto 10% serão de direito dos pesquisadores chilenos. O tempo restante será comercializado a outras instituições interessadas em todo o mundo.
Artes: No topo, algumas das antenas do radiotelescópio ALMA posicionadas no planalto de Chajnnator, no deserto do Atacama. Na sequência, espectro eletromagnético mostra a região de sondagem eletromagnética onde atuará os radiotelescópios. Acima, vídeo institucional mostra um pouco do projeto ALMA. Créditos: Alma Observatory, Apolo11.com.
 
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EUA, Europa e Ásia construíram pelo menos 22 antenas do projeto e financiaram a maior parte dos recursos para a construção das restantes. Pelo acordo, cientistas desses países ficarão com a maior parte do tempo destinado às observações, enquanto 10% serão de direito dos pesquisadores chilenos. O tempo restante será comercializado a outras instituições interessadas em todo o mundo.
Artes: No topo, algumas das antenas do radiotelescópio ALMA posicionadas no planalto de Chajnnator, no deserto do Atacama. Na sequência, espectro eletromagnético mostra a região de sondagem eletromagnética onde atuará os radiotelescópios. Acima, vídeo institucional mostra um pouco do projeto ALMA. Créditos: Alma Observatory, Apolo11.com.
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